“É necessário poder fechar os olhos e encontrar dentro de você um ponto sobre o qual possa dizer: “Isso sou eu mesmo”. Ao olhar para dentro, vai poder ver os processos culturais da sociedade em que foi criado, da família que você tem, do temperamento que herdou, do jogo de opiniões e de paixões que o meio tenta impor a você todo dia, o pensamento coletivo. Ou seja, vai encontrar uma balbúrdia de ruídos e, no meio disso tudo, um ponto silencioso e luminoso que simbolicamente poderia estar representado como a ideia do centro. E então, você percebe, “Isso sou eu”. Assim, você se encontrou dentro de si mesmo. E, a partir deste ponto, qualquer ação que nasça será virtuosa e bela. Se não souber atuar a partir dele, você não projetará a verdadeira beleza no mundo. É a partir deste “centro” que todas as suas virtudes vêm à tona”
(Lucia Helena Galvão)