Gerir pessoas vai bem além do que capacitar a força de trabalho para atingir metas; a essência da liderança de equipes impõe a necessidade de ajudar aos colaboradores a florescerem como seres humanos, a descobrirem quem eles são no profundo do ser, sem as máscaras impostas pelos condicionamentos. É apoiá-los na busca de significado e da verdade sobre si mesmos. Encoraje-os nessa jornada e desperte neles o desejo pelo despertar, a vontade de tornar-se um ser humano melhor a cada dia, dando o máximo de si mesmo em prol dos demais. Esse é, a meu ver, o papel mais nobre do gestor.
Não precisa ser especialista, nem tampouco requer técnicas especiais de meditação, de oração ou ser um phd em filosofia e espiritualismo; apenas motive-os a serem autênticos, a buscarem dentro de si mesmos as soluções que venham do seu coração espiritual. Estas, inexoravelmente, estarão com o fermento da harmonia, da compaixão e da unidade, fazendo com que o gestor, também, entre na espiral ascendente, pois o “todo” estará permeado pela luz do saber verdadeiro, não contaminado pelos preconceitos, pelo egoísmo e por um ambiente organizacional estagnado por práticas gerenciais limitadas.
O conhecimento técnico não “ganha o jogo” sozinho; as organizações, projetos ou empreendimentos requerem que o gestor e os colaboradores tenham uma postura altruísta, comprometida com seus ideais mais elevados de ser humano, aqueles ligados à expressão do Amor e da Verdade.
“Não podemos buscar nosso bem maior sem necessariamente promover ao mesmo tempo o bem dos outros. Uma vida que se limita a interesses pessoais não pode ser submetida a qualquer avaliação respeitável. Procurar o melhor em nós significa zelar ativamente pelo bem-estar dos outros seres humanos”
(Epicteto)
A falta de comprometimento, o individualismo, o egoísmo e a competição corrosiva que na maioria das vezes destrói as relações no trabalho, tudo isso só pode ser “curado” se a pessoa descobrir em si mesma o sentido de unidade com a vida, sentir-se uno e em irmandade com o outro. A partir daí, as melhores sementes emergirão, o bem virá à tona, dar-se-á início à integração, à doação completa do profissional a uma causa ou a um projeto e à subordinação de vontades individuais em benefício do todo.
Os programas de capacitação técnica e comportamental são relevantes e devem embasar as adequações dos perfis profissionais às estratégias e objetivos empresariais, contudo, a eficácia dos mesmos será ainda maior se o gestor cultivar a busca de cada um pelo seu melhor, pela sua essência. O sentido de equipe, de fato, vai muito mais além do que pessoas trabalhando juntas. O valor-chave que norteia os comportamentos, as relações e as práticas do dia a dia é a ajuda mútua de cada um à expressão do bem e do melhor do outro. Para mim, a premissa de que somos Um com Deus, com o Todo, com a Criação Divina, é verdadeira, portanto, ajudar o outro trata-se de uma autoajuda.
“Dê ao mundo o melhor de você. Mas isso pode não ser o bastante. Dê o melhor de você assim mesmo. Veja você que, no final das contas, é tudo entre você e Deus. Nunca foi entre você e os outros”
(Madre Teresa)
Minha experiência como gestor mostra que o incentivo à busca interior e à expressão dos atributos intrínsecos do ser são os principais ingredientes para o sucesso da equipe. A todos aqueles que pedi para colocar na mesa seu coração, o melhor de si mesmo, e não só conhecimento técnico, foram os que mais sentiram alegria pelo trabalho e tiveram um desempenho excepcional. O melhor de cada um deve transbordar.
“Martele” na cabeça da equipe que o maior valor está em servir, em ser útil à vida em si, em sentir a alegria de ver seu companheiro crescer como profissional e como ser humano. Ajude-o a sentir o enorme prazer em servir. Ajude-o a desconstruir a ideia da competição, a qual traz medo e insegurança. Essa egrégora de ajuda mútua traz os aromas de bem-aventurança, flui uma energia mais sutil, sobre a qual não conseguimos explicar, apenas sentir, e que inspira a todos.
“Faze o bem pelo amor ao bem, e não na esperança de uma recompensa. Sê bom pela alegria de ser bom, e não pela gratidão dos outros”
(Mirra Alfassa)
“Mantralize” na equipe a pergunta: “isto é melhor para mim ou para a instituição?” Se a resposta beneficiar somente a mim, em tese, não agrega, não enobrece, reforça o maior mal da humanidade, que é o egoísmo.
E essa orientação se aplica também no processo educacional e para todos nós que temos a nobre responsabilidade de educar e formar pessoas, seja nas famílias, nas escolas e em outras instituições e grupamentos organizados.
“Todo homem deve decidir se caminhará na luz do altruísmo criativo ou nas trevas do egoísmo destrutivo”
(Martin Luter King Jr)
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Sabiah – Conselheiro Voluntário
E verdade Humberto, o egoísmo pode mesmo matar o nosso caminhar para Deus …E assim, o caminho de retorno ficar mais lento …Vamos exercitar o altruísmo …
Um abraço,
Adorman …