Clair de Lune – Claude Debussy

Quando uma fase chega ao fim, inevitavelmente seguimos em direção ao desconhecido, sendo este o fluxo evolutivo. Ater-se ao que já é conhecido é como se manter na mesma fase, mesmo com uma nova oportunidade disponível. O medo paralisa e impede que o fluxo natural da vida se dê. Ele surge do apego ao conhecido, do desejo de manter o que deve ser deixado para trás.

É essencial que para avançar ajustemos o nosso olhos para o agora, com gratidão as experiências vividas, com desapego e abertura para a próxima etapa. Reavalie a sua jornada e perceba o quanto você já caminhou, ciente de que você é hoje a soma de tudo o que você vivenciou até aqui, reverenciando integralmente cada momento vivido sem exceções, reconhecendo que tudo faz parte dos aprendizados que o levarão a uma nova fase evolutiva.

Seja grato. Por mais que os conceitos criados digam o contrário, não há aleatoriedade na vida, sendo que cada coisa acontece com um propósito maior. Tenha coragem de assumir a sua própria história e seguir de cabeça erguida, com coragem, rumo a uma nova etapa da sua existência.

O processo é individual, mas também coletivo, planetário, universal, cósmico. A intensidade que sente hoje é o movimento necessário para que todos tenham a oportunidade de seguir em frente. Acorde do sonho que te limita e veja a realidade que traz verdades dolorosas mas necessárias para acabar com a ilusão. Como dizia Jung: -“Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta.” Não há nada fora que fará o trabalho que você deve fazer internamente, com a sua própria essência. Encoraje-se para sua transformação, em abertura e confiança para a manifestação da sua nova versão com gratidão e confiança.

Como um riacho,
sem prever o percurso,
fluindo livremente, sem resistências, superando obstáculos,
ganhando velocidade nos baixios, desacelerando em direção aos picos,
ganhando e perdendo força,
a cada instante,
Sou.

Sendo potente e notável aqui, pequeno e invisível ali.
Em alguns momentos contaminado, misturado com outros elementos.

Seguindo naturalmente pelo caminho,
purificando,
sem pausas,
mas com calmarias,
em meio ao fluxo contínuo e por vezes turbulento.

Não separado do Todo que Somos,
sou reconhecido pela totalidade a que pertenço.
Sem individualismos nem egoísmos,
num conjunto harmônico que junto,
dança conforme a melodia da vida.

Onde o único propósito,
é percorrer o percurso,
usufruindo da paisagem,
e seguindo em frente,
sem apegos, sempre.

O texto foi extraído do livro “Entre Dimensões – A Vida Requer Atualizações”; capítulo “Encerramentos são também recomeços”, página 36. Autoria: Shely Pazzini.

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