VOLTAR AO NATURAL  ➺ PARA EVOLUIR

Ciclar inconscientemente, levado pela torrente da repetição linear das experiências, dói. Espiralar dentre os ciclos permite expandir em consciência desperta e, a cada fase reapresentada, ampliada, experienciando múltiplas vivências de si mesmo, em sentido ascendente.

Em sintonia com a frequência que Somos, nos reunimos com outras unidades de vida, formando novos núcleos de consciência que a seu tempo expandirão e ganharão espaço, integrando-se e manifestando-se com novos elementos. Enquanto misturados nos distraímos, mas quando silenciados das mundaneidades supérfluas unificamos, em coesão, nessa unidade de vida inteira e perfeita que Somos.

Chegamos em um ponto em que as palavras não acompanham e nem expressam o que está se revelando. Nessa sutilização a que estamos sendo submetidos, muito do que conhecemos se transformará para emergir novas formas de ser. Confuso e limitado na linguagem verbal, mas claro e conciso na linguagem do coração.

Nada se requer a não ser fazer nossos próprios processos de alinhamento. Tudo mais nos será dado. Confie no processo.

Os passos fortes e barulhentos que nos ensinaram a dar neste mundo hoje pedem sutilização. Caminhar por dentre as experiências, suave e silenciosamente, sem deixar pegadas ou vestígios, é transformador. Tiramos a força bruta e acionamos a força interna, real agente transformacional.

Aos poucos o desejo do reconhecimento e a ânsia por ser visto dá espaço a um calmo e sereno estado de invisibilidade, completo, leve e presente. Muitos são os conceitos que precisam ser atualizados, muitas novas formas estão disponíveis para acessar. As coisas são como vemos porque fazemos delas os padrões que repetimos. Ao soltar o hábito do repetir, desvelamos o novo sempre presente, mas em nós, ausente.

Atualizações são como chaves que abrem portas que nem víamos, e nos levam a paisagens que sempre nos aguardaram. Marcas são como cicatrizes. Ao caminhar imperceptível pelas estradas, a sutil presença de Ser permanece.

Enquanto sou, nada sou.
Porque fração de mim,
não representa o que realmente sou.

𓇬
Nem nome, nem função…
infinitamente além de qualquer definição.

𓇬
Múltiplos, multidimensionais, multiuniversais, multirrelacionais.
Evolutivamente sendo,
mas não pertencendo.
Se pertenço, me torno.
Se me torno, me limito.

𓇬
O desejo de caber em algum contexto,
encolhe.
Diminui e fragmenta o indefinível,
sem forma, que Somos.

𓇬
Gigantes, mutáveis.
Dançantes impermanentes,
em espiral ascendente.

𓇬
Junto aos infindáveis mundos,
vivenciando e expandindo.

𓇬
Sendo, Somos. Inseparáveis.
Coesos em unicidade.

𓇬
E aqui, a ilusão das infinitas possibilidades,
dá lugar a uma única verdade.
Abstratamente clara,
sutilmente potente,
que invariavelmente, arrasta.
Não importa quão distante estamos de casa.
Retornaremos todos,
para a Divindade Sagrada,
sem fim ou parada,
mas sabiamente direcionada.

[…]

O texto foi extraído do livro “Entre Dimensões – A Vida Requer Atualizações”; uma pequena parte do capítulo “Atualizar para Ascender”, página 84. Autoria: Shely Pazzini.

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