Ave Maria: Gounod. Performer: Anne Akiko

Em situações desérticas, quando tudo perde o sentido e já não encontramos respostas teóricas às nossas indagações, é sinal de que precisamos, mais do que nunca, buscar internamente a força de “ser”, essa propulsão espiritual que dinamiza tudo aquilo que está inerte, obscuro e que precisa de renovação.

Essa força propulsora impulsiona nossa reforma íntima, e passamos a colocar em prática o potencial espiritual, aquilo que está encoberto pelas capas dos desejos, dos apegos e dos conceitos.

Assim como o ar é essencial para sobrevivermos, necessitamos aspirar profundamente pela descoberta do ser, ou seja, a manifestação do que já somos em essência. Essa é a chave que abre a porta principal: a percepção da unidade com toda a vida manifestada.

É preciso um solo fértil para que as sementes do despertar espiritual rompam a casca e a unidade se faça perceptível. Em que pese nossa aspiração pela ascensão, contudo, é a Vontade do Criador que faz com que nosso campo de consciência se torne auspicioso para abrigar e aquecer tais sementes. Embora a mente se curve à lógica e à razão, contudo, é a entrega e o desapego por resultados que trazem a verdadeira transformação.

Mas, quais as chaves fundamentais para que haja um equilíbrio dentre aquilo que pulsa no interior e nossas ações externas? Como estar em paz em meio ao deserto de ideias e ações? Como preparar o solo para que sementes germinem?

  • Cultivar a Fé

Fé é a consciência de estar vivo sempre. A fé que existe um Poder superior que nos anima. A fé de que tudo, absolutamente tudo, é conduzido por uma Inteligência Suprema, imperceptível aos olhos, mas sentida pelo Coração.

  • A entrega contínua

Entrega é a renúncia em conduzir a vida segundo os ditames da mente. Existe um Propósito tatuado na nossa alma, e precisamos ter uma aspiração ardente em manifestar no mundo aquilo que o Pai idealizou ao nos conceber.

Se a entrega da nossa vida a esse Poder Superior for feita com sinceridade e pureza, o melhor sempre acontecerá. E o melhor não é aquilo que a mente imagina, julga ou deseja, mas o que traz liberdade, equilíbrio, renovação e redenção do ser. A alma sabe!

  • O silêncio que é tudo

Silêncio não é mutismo, mas a manifestação dos dons do espírito, os quais se expressam quando invocamos a Luz do Ser. Na quietude, o que quer que façamos, pensemos ou sentirmos estará imbuído da energia que traz os bálsamos de cura e sublimação. O Sagrado se revela quando estamos em pleno estado de presença e atenção.

Com a fé, a entrega e o silêncio estaremos protegidos para atravessar o deserto e mais fortalecidos para enfrentar os embates das ondas que o oceano da vida nos traz.

“Tudo o que você fizer, oferte para a sua alma e para o bem do planeta. Independentemente do resultado de suas ações, oferte-as sempre. A vida material está aí para ser preenchida de beleza, harmonia e paz.”
(Artur – Instituto Flor de Ibez)

Leitura comlementar: Perseverar na Aridez.

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