Seguem algumas citações de José Trigueirinho que abordam diretamente a questão do pensamento; algumas delas destacam a necessidade de elevação do pensamento aos níveis mais elevados de consciência, outras focam no silêncio e na quietude do ser como chaves para o encontro com a paz e a serenidade interiores.

As citações foram extraídas dos seus livros:
– Aos que Despertam
– Ventos do Espírito
– Encontro com a Paz
– Das Lutas à Paz
– A Luz Dentro de Ti

Só a ação da Graça pode nos proporcionar ensinamentos espirituais e filosóficos de tão elevada inspiração, os quais nos ajudam sobremaneira na batalha diária por transcender a nós mesmos. São reflexões que reforçam a fé de que somos muito mais do que aparentamos ser, e que é no nosso interior que se encontram o guia e o farol para iluminar nossos caminhos.

Graças a Deus!


◼ Se é nas cavernas do coração que a Luz da vida interior se faz perceber, de que vale buscá-la nas areias do deserto mental? Eleva teu pensamento, põe em prática o que sabes ser verdadeiro e não esperes recompensa. Serve com pureza de propósito, despido de quaisquer pretensões.

◼ Mantém-te identificado unicamente com a Luz que és, que vive em ti e é a Luz do Pai. Permanece em silêncio interior. Quando tua mente argumentar e te incitar ao desânimo, reflete: com apenas um passo chegas ao destino, ou em tua marcha tens que reerguer o pé incontáveis vezes? Avança, pois, sem mais dispersões.

◼ Nada do que foi dado o homem deve negar ou tratar com descaso, porém de nenhuma dádiva deve tornar-se escravo. No que se refere às faculdades naturais de que dispõe, o pensamento é uma das que têm maiores potencialidades e, por isso mesmo, precisa ser atentamente conduzido a metas evolutivas. O pensamento é como uma sonda que, corretamente operada, pode atingir profundidades desconhecidas; mas é preciso lembrar que no caminho espiritual o que vale não é o domínio de técnicas, nem grandes dotes humanos. Nessa senda, o mais importante é a firmeza com que o ser se volta para o próprio mundo interno e com que a ele se apega.

◼ Quando o ego ambicionar poder, faça-o reconhecer o valor da humildade; quando exigir conforto, conceda-lhe simplicidade; quando reclamar alimento para suas pseudocarências, nutra-o com paz espiritual. Trata-se de afiná-lo com energias sutis. Abdicado de suas supostas necessidades, o homem passa a tudo acolher com gratidão. O segredo da paz está, portanto, em ele se desligar de buscas e expectativas. Quem nada espera pode ver nos diversos eventos a obra da Graça, e dessa atitude advém imensa calma.

◼ Quando assume o destino para o qual veio à encarnação, o ser vê-se permeado por uma indescritível paz, que perdura sejam quais forem as circunstâncias que lhe são apresentadas externamente. Além disso, encontra com maior liberdade a energia necessária para superar provas. Muito diferente seria a situação do planeta se os homens tivessem fé para abraçar esse destino, abdicando do que pensam ser a própria segurança e que na verdade os prende.


◼ Cada indivíduo que permite ter sua mentalidade transformada pelo fogo interior, torna-se uma tocha a iluminar o caminho de muitos, a dissipar as escuras e densas brumas que impregnam os planos materiais da Terra. É, pois, tarefa do homem abrir-se a esse fogo e deixar-se transfigurar por ele. Daí emergirá o inédito e o genuíno, aquilo que somente o espírito pode plasmar.

◼ Frente a determinadas crises, o silêncio é a atitude mais indicada. Silêncio de opiniões, de pensamentos, de julgamentos e de análises. Em silêncio, o próprio indivíduo pode reconhecer, com menos interferências, o rumo que lhe cabe tomar. As percepções vão mudando, a compreensão amplia-se. O silêncio autêntico é o prenúncio de expansões da consciência que trazem mudanças do modo de se estar diante de certas tarefas e situações.

◼ A vida interna e externa tendem a aproximar-se a amalgamar-se e a tornar-se um conjunto coeso e compacto, onde as energias de um estado não se oponham ao de outro; mas essa unificação é feita pelos núcleos internos, e não pela personalidade. O papel da personalidade é o de manter-se em abertura, serenidade e entrega, sem querer por si mesma determinar caminhos, pois estes estão escritos em níveis profundos.

◼ Aquietai-vos. Sem a quietude não podereis reconhecer os desígnios que tendes a cumprir. Aquietai-vos, desde sempre vos foi dito, pois o conhecimento supremo só pode ser atingido pela vivência interior.

◼ Responder decididamente ao que vem de dentro do próprio ser, mergulhar sem reservas no mundo silencioso que ali se encontra – eis um caminho de libertação. Assim, uma presença sagrada pode pulsar, extinguindo movimentos supérfluos e trazendo ao indivíduo quietude e paz. Esse estado de abertura interior permite-lhe viver momentos de rara beleza, momentos que não se dissipam e cuja energia se esparge pelos ares como uma bênção.

◼ De diversas maneiras, da infância à velhice, todos vivem em maior ou menor grau momentos em que são invadidos por um sentido de completo desamparo, e os que puderam controlar o desespero e o medo que disso advêm conheceram algo de imensa proteção existente na base da vida. Nesses momentos de aguda conscientização dos limites do ego é possível ao ser dar um salto, tocar sua Realidade…. Essa vivência, por mais breve que seja, deixa-lhe marcas internas profundas e contribui para a iluminação da sua consciência…


◼ Se a mente indaga, que dirija as suas perguntas ao centro do ser, e o que dele emergir, resultará em um trabalho frutífero, mesmo que seja o completo Vazio. Ao aprender a escutar o que vem desse centro, a mente recebe os eflúvios positivos dos níveis libertos da ilusão. Muito provavelmente não obterá definições, mas, se for tocada pelo silêncio onisciente, … as dúvidas se desfazem.

◼ Querer respostas prontas e acomodar-se a elas é um vício da mente. O trabalho a ser por ela empreendido é, diante do desconhecido, procurar abrir-se ao mistério. Assim ela se transforma e, de indagante, eleva-se ao estado de espelho d’Aquilo que, maior do que ela, nela se faz refletir.

◼ Não há outro modo de a consciência atingir níveis elevados e neles permanecer estável a não ser pela aspiração a evoluir. É essa aspiração que transforma a dor pessoal da renúncia na suprema alegria da liberdade; e é ela que torna férteis ações que, sem o seu ardor, pareciam estéreis. É movido por esse inefável poder de transformação que o ser humano traspassa as muralhas do ego e é permeado por uma vibração superior: a sabedoria do amor impessoal.

◼ Se tua mente indaga: “Não será possível apressar os ciclos para as sementes germinarem mais rapidamente?”, dizemos-te que deverá dar-lhes sol para aquecer-lhes o brotar, água para saciar sua sede de despertar e um bom terreno para acolher sua explosão de vida. O que sucederá a partir daí não te cabe decidir.

◼ Não é possível um cultivador acelerar a formação das plantas que as semente abrigam no íntimo; seu trabalho é deixar que ela revele a Luz que cada uma traz no interior. Portanto, oferta-te Àquele que faz nascer e morrer todas as coisas.


◼ Quando a luz da tua alma se fizer notar como um sol, não precisarás manter acesa a tua pequena lâmpada, pois tudo estará sob intensa claridade. Sempre terás a luz interior a iluminar-te; cuida para que continue forte e viva quando rajadas de vento tentarem apagá-la da tua consciência externa.

◼ Nem sempre vossos pensamentos condizem com a meta que vos propuserdes alcançar e com a busca que vos propuserdes empreender. Entregai vossos pensamentos ao Altíssimo, pois no fogo do Altar Maior serão consumidos como palha e não mais vos atormentarão.

◼ Deixa sempre ao teu interior a tarefa de guiar tua vida. A capacidade de não interferir nas suas determinações é um tesouro que se deve guardar com zelo.

◼ Tocado pelo chamado interno, deixa emergir espontaneamente o silêncio, que facilita o ingresso no estado de prece e de contemplação. Não há palavra, pensamento ou formalidade que induza esse estado; ele é propiciado apenas pela busca tranquila e despreocupada da união total da vida do Espírito.

◼ Agora o silêncio é teu companheiro. Ama-o verdadeiramente, para que possas escutar a voz interna. Não há canto mais belo do que o colhido no total silêncio do ser. Chegarás a mundos de pureza se, no fogo desse silêncio, forjares as chaves que abrem seus portais.

Para conhecer a obra completa do autor, acesse o site da Irdin Editora; lá você encontrará os livros de José Trigueirinho, CD’s de palestras gravadas, material para download gratuito, músicas, Ebooks, dentre outros materiais. Acesse aqui.

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