Uma história simbólica que nos faz refletir sobre os diferentes estágios na busca do autoconhecimento. De um lado, as provas da vida impõem uma mobilização consciente para extrair os ensinamentos e seguir adiante com mais sabedoria; de outro, a necessidade da busca pelo Eu Superior, nossa fonte de Graça para as transformações mais profundas da nossa consciência.
Na verdade, não importa o estágio no qual nos encontramos; lembremos que ninguém é perfeito humanamente e que a escalada para Deus é infinita; sempre haverá um degrau acima na escalada evolutiva. O que conta é a nossa intenção e nossos atos, bem como a abertura e disposição para nos transformarmos em seres humanos melhores a cada dia. Isso requer uma abertura mental para o nosso mundo interior, de lá vem a força e a luz para que possamos ver tudo sob o ponto de vista da nossa consciência mais elevada.
Fonte: Livro “Encontros com a Paz”, de José Trigueirinho, editora Pensamento, 1993, capítulo “Sem o jugo dos sentidos”.
“Após árdua jornada, grande alegria brota em um peregrino ao divisar uma fonte. No entanto, aproximando-se dela percebe que sua água é tão escura e lamacenta que não pode bebê-la. Mais adiante, porém, vê outra fonte, esta com águas claras. Alguns galhos, folhas e insetos flutuam na superfície; quando o peregrino tenta tirá-los, movimenta a água, e do fundo emerge o lodo que se havia decantado. Assim, também não lhe serve. Mas ainda se depara com uma terceira fonte, alimentada por veios subterrâneos. É cristalina, e no fundo o peregrino vê a areia limpa e clara. Suas águas mitigam-lhe por fim a sede e refrescam-lhe o corpo.
No início do trajeto, o que o indivíduo traz em si é como aquela primeira fonte: algo turvo, carregado de detritos e sujeiras, pois o que a consciência humana acumulou em arquivos subconscientes, no passado e na hereditariedade, mantém-na afastada da pureza original. É um estado tão denso que a princípio não se pode esperar que venha a surgir no ser uma expressão superior. Contudo, o que em essência existe naquela fonte é o mesmo elemento água de um lago cristalino, e as leis de evolução vão oferecendo condições para que se purifique e atinja transparência e limpidez.
Quando o indivíduo assume libertar-se desse estado turvo, as situações que vão sendo por ele vividas trazem-lhe as purificações necessárias. Persistindo, ele chega a um nível no qual o material que forma seus corpos exprime clareza, retidão e serenidade, mesmo que ainda estejam presentes resquícios do passado. No entanto, qualquer movimento mobiliza esses resíduos, fazendo emergir forças que ofuscam a consciência. Esse estado, representado pela segunda fonte, é o dos que têm suas forças e energias purificadas ou sublimadas, mas ainda não transmutadas. Certo controle já foi por eles adquirido, porém as raízes do mal ainda não foram arrancadas e com qualquer estímulo voltam a brotar.
Esse patamar intermediário é caracterizado por um período de sofrimento para a consciência que busca um estágio vibratório superior, que já se decidiu por chegar a ele e que com frequência vê surgir em si movimentos no sentido oposto ao de sua aspiração. Mas, se não se deixa abater por isso e extrai ensinamentos do que é vivido, consegue sair desse impasse.
A passagem do primeiro estágio para o segundo é facilitada pelas ações conscientes do indivíduo. Mas, na passagem do segundo para o terceiro, são energias internas simbolizadas pelos veios subterrâneos que operam as transformações requeridas, pois não está ao alcance do consciente eliminar as raízes que o mantêm vinculado às forças escusas. Portanto, do segundo para o terceiro estágio, é a energia da Graça que atua, transmutando as forças e a matéria que compõem os corpos do ser.”
Grupo de Estudos
Entrevistas Youtube
Entre para o Canal de Divulgação Whats App
Redepax
Instagram
Facebook
Sabiah – Conselheiro Voluntário
“Que a Graça Divina nos conduza pelos caminhos do aprendizado e aperfeiçoamento!” O mundo está tão necessitado de nossos esforços, talvez melhorando um pouco a nós mesmos ajudamos os que nos cercam a melhorar também! 🙏
Muito interessante Etapas da Jornada para reflexão … Podemos talvez chegar à conclusão que o riacho puro e límpido ao qual devemos recorrer, seria a nossa própria alma … A nossa alma está esperando que a busquemos … Não devemos perder tempo, pois assim a evolução será muito mais rápida …
Um abraço Humberto,
Adorman…