O sustento da vida de oração é o amor ao Espírito, cultivado com reverência, humildade, silêncio e serena alegria. Mas a oração só se firma na simplicidade, estado que nos revela a vida divina.
O amor ao espírito nos dá compreensão e suavidade e também fé, decisão e destemor para ingressar em novas trilhas na senda da Luz.
Só com verdadeira fé abrimos mão de desejos, deixamos de nos defender, de nos justificar e finalmente servimos ao mundo terreno e aos mundos celestiais.
Orar é estar sempre em prontidão para ser a lei.
Vida de oração é vida de pioneiros, dos que se ofertam à Vontade Suprema e assumem a própria elevação – é a vida que acolhe a energia transformadora para todo o planeta.
Há duas formas de nos transformarmos: pelo esforço material ou pelo amor ao Espírito. Pelo esforço, lutamos contra as imperfeições segundo nossas possibilidades. Pelo amor, afastamo-nos espontaneamente das imperfeições e, unidos ao Sagrado, tornamo-nos d’Ele expressão.
O estado de oração contínuo nos leva a penetrar a Verdade, que está em nosso interior. Em oração podemos perceber o que há de grandioso e belo dentro de nós e, consequentemente, ao redor.
Oremos. Com a atenção concentrada no Bem, ele se amplia e dita as linhas pelas quais se pautam os nossos dias.
Perdão, desapego, gratidão – eis o caminho que nos leva à Luz.
“… Ó Senhor, se algo me fosse dado escolher,
quereria nada querer;
somente num oceano de Amor colocar minha barca
e deixá-la por Vós ser levada”
(José Trigueirinho)