Ao estudar com mais profundidade o 3º Portal do Mito de Hércules (*), “Colhendo as Maçãs de Ouro”, muitos ensinamentos vêm à mente, em especial quando o Instrutor Interno de Hércules sugere que ele evoque a fortaleza dentro de si mesmo, como forma de descobrir a Verdade e, assim, poder dar sequência à prova com mais sabedoria e ânimo pelo aperfeiçoamento e aprendizado.

(*) Os estudos sobre esse mito podem ser feitos através do livro “Os doze trabalhos de Hércules na vida de hoje”, de José Trigueirinho, Editora Irdin.

Quando fazemos esse movimento interior visando o alinhamento com a nossa alma, as forças egóicas vão se afrouxando, como se o ego estivesse passando por um processo de flexibilização e perda gradual de poder.

Ainda que lentamente, essa tentativa de alinhamento ativa a devoção: surge um apelo silencioso para que o Mestre Interior assuma o comando da nossa vida. A Ele passamos a recorrer em todos os momentos, principalmente naqueles onde ocorre um esgotamento das nossas forças mentais, fisicas e emocionais.

Passamos, assim, a contar com um poderoso aliado que excede à nossa simples compreensão mental e passamos a escutar o som que vem das esferas sublimes, o qual podemos escutar quando a quietude se faz presente.

Com a devoção surge a fé; mas não uma fé em alguém ou alguma coisa, mas um sentimento de que estamos eternamente vivos e que fazemos parte de uma Inteligência universal que a tudo sabe e a tudo vê. Quando aspiramos ardentemente pela nossa transformação, a fé, assim definida, entra como elemento que forja a nova consciência, permitindo que a Sabedoria da alma entre no palco da vida, estando à frente das nossas ações, pensamentos e sentimentos.

Com a fé vem a “entrega”, ou seja, a submissão da nossa vida à Vontade Superior dentro de nós mesmos. Se a entrega for sincera, as mensagens subliminares de aprendizado trazidas pelas provas chegam através das intuições, dos insights, dos vislumbres e de tantas outras formas usadas pela sabedoria divina.

Através da devoção, da fé e da entrega, praticamente, estaremos de prontidão para ser a Lei, ou seja, aptos a servir de forma incondicional, com desapego pelos resutados, e atendendo aos apelos da alma. Lembrando sempre que somos um só corpo-humanidade e servir ao próximo de forma desinteressada e livre será sempre uma forma de autoajuda.

E o serviço em si vai reforçando a fé e a devoção, trazendo a certeza de que estamos sendo guiados pela Luz do Ser e sendo úteis no processo de sublimação e renovação da vida. Podemos atuar como seres-espelho, que captam e refletem a Luz que vem das esferas de consciência mais elevadas.

Mesmo que a nossa vidraça esteja embaçada pelas poeiras dos condicionamentos, apegos e resquícios cármicos, contudo, nada pode impedir que a Luz brilhe, se a aspiração pela nossa própria transformação for sincera.

“Cada um de nós pode ser uma pequena Luz dentro daquilo que acontece. A Luz se multiplica infinitamente, muito mais do que a treva. Não devemos nos tolher, nos deixar intimidar e entrar em luta com aquilo que assistimos. Temos que nos preocupar em ser uma Luz; o resto, a Vida resolve”
(José Trigueirinho)

E assim, nos movemos numa espiral e entramos no eterno ciclo ascensional de evolução, amalgamado pelo Amor e pela Verdade que tanto desejamos expressar no dia-a-dia. Isso pode ser claramente percebido quando o nosso coração se enche de gratidão por tudo o que nos ocorre; ela é o fermento do bolo que faz crescer o amor na nossa consciência.

O fato é que quando nos entregamos à Sabedoria Divina, tudo o que ocorre é a própria expressão do Amor de Deus, que nos traz oportunidades de redenção, equilíbrio e renovação contínuas.

“Apenas uma coisa libertará o mundo: a consciência da Graça Divina dentro de você, de mim e de toda a humanidade. É apenas na proporção em que você toca o divino em você mesmo que sua ajuda é eficaz”
(Joel Goldsmith)

Leia as mensagens diárias do Pedra no Lago.

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