Serenade-Schubert-Liszt-Standchen.-Violino

Às vezes temos a impressão que estamos num labirinto, caminhando sem bússola, passando pelos mesmos lugares, cometendo os mesmos erros e tropeçando nas mesmas dificuldades, circulando numa espiral que não ascende a um patamar mais elevado de consciência. É como se estivéssemos dirigindo numa estrada, sem o GPS da alma para nos guiar e nos mostrar a direção.

O labirinto simboliza nosso caminhar pelo cotidiano da vida, bem como todo o aprendizado com as experiências vividas, entretanto, devemos ter sempre presente que a nossa meta é o centro do ser, a busca pelo Eu Superior, fonte de sabedoria e amor. Por vezes, sentimos os aromas desse local sagrado, nosso Centro de Paz, e isso nos dá a confirmação que estamos caminhando de forma eficaz pelo labirinto; em outros momentos, um deserto se faz presente; as águas ficam turvas e nenhum sussurro das esferas mais elevadas do ser é ouvido.

Nesses momentos de escuridão, não percamos de vista o Comandante da Carruagem, Aquele que nos guia e nos conduz pela senda da vida; Ele deve ser o Guerreiro a guerrear em nós, segundo ensinamento zen-budista. Também devemos ter presente que tudo pode ser feito como uma oferta à nossa alma e, assim, os resultados podem ser permeados por uma vibração de harmonia e beleza. Podemos dar graças aos tropeços no labirinto, porque aquilo que nos ocorre, sempre traz uma chave para o nosso crescimento e aprimoramento como seres humanos.

Paul Brunton nos diz que “o estudante compreende que a sabedoria advirá de um grande número de experiências, e não da falta delas, e que não adianta esquivar-se das lutas do mundo, pois é principalmente por meio delas que se pode fazer vir à tona os recursos latentes em cada um. A filosofia não se recusa a enfrentar a vida, por mais trágicos e assustadores que os acontecimentos possam ser, e usa tais experiências para atingir propósitos mais elevados”.

Apesar das provas na caminhada, existem os breves momentos de êxtase, onde a luz do ser, por Graça, rompe as barreiras dos condicionamentos da personalidade. Esse estado de serenidade nos eleva acima da visão limitada do labirinto e nos mostra todo o espectro dos caminhos trilhados, bem como as benesses advindas dos tropeços e das pedras no caminho. Passamos a “estar no mundo sem ser do mundo”, conforme citação cristã.

Nessa condição sublime, embora fugidia, só nos resta sermos gratos à vida por desembaçar nossa visão, nos permitindo ver os fatos além das formas e dos padrões comumente estabelecidos.

“E quando vejo a vida passar, percebo que tudo o que vejo é sagrado”
(Rumi)

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Sabiah – Conselheiro Voluntário