“Largo” from Winter – Vivaldi

Estamos inundados de informações, de todos os tipos, as quais nos chegam por inúmeras vias. Não estar atualizado com os acontecimentos, aos olhos de muitos, parece que vivemos em outro mundo; é quase um sacrilégio. Existe uma cobrança velada para que nos tornemos uma espécie de base de dados, cuja memória automaticamente deve se expandir, à medida que os fatos vão ocorrendo.

A medida que nos entupimos de informações, parece que vamos nos afastando da instrução primordial, que vem da nossa alma. Uma espécie de letargia mental vai tomando corpo e, se não virarmos uma chave interna e reconfigurarmos nosso drive mental, vamos funcionar lentamente, como um computador repleto de dados, mas que opera com base em um sistema operacional já ultrapassado que não suporta um novo software.

Torna-se premente atualizar o sistema mental que nos aprisiona. Os novos tempos impõem a construção da ponte mente-Coração, de forma a agirmos na vida com base na lógica da alma, que é completamente diferente da lógica da mente. Ou seja, cada vez que nos esvaziamos, seja de dados, quer de conceitos, crenças e sentimentos arraigados que nos escravizam, abrimos espaço para que o verdadeiro conhecimento nos chegue pelas vias intuitivas. Esse “saber” refere-se àquilo que surge para que possamos dar um salto de consciência.

Esse é o princípio da Lei da Abundância, o qual preconiza que, esvaziados, possamos atrair o necessário para o nosso equilíbrio e para a sustentação energética de um ambiente ou de pessoas que se aproximam de nós. Não há excessos, escassez nem desperdícios: tudo na justa medida. Ser uma espécie de “canal do bem” não é uma presunção, muito menos fruto de desejo mental, mas o atendimento a um princípio espiritual básico: servir ao próximo e ser colaborativo são imperativos-chave da alma.

O fato é que a instrução que precisamos para evoluir surge quando evocada a partir do nosso mundo interior; precisamos, portanto, mais do que nunca, pautar nossa vida pelo conhecimento que emerge dessa região, morada do Amor e da Sabedoria. O desafio que se apresenta é colocarmos o pé em apenas uma canoa, aperfeiçoando-nos no manejo do instrumento divino que somos. Essa lógica é ainda incompreensível para a mente, mas o Coração já sente os aromas do novo porvir.

Muitos se apegam aos resultados imediatos, àquilo que é concreto e que pode ser medido e avaliado. Mas não podemos esquecer que construimos para a eternidade e que a contínua perseverança por atender aos apelos da alma nos levará de degrau a degrau à nossa morada, ao retorno ao Lar Espiritual.

A instrução da alma contém em si a chave da Sabedoria, mas temos que abrir as portas para que ela possa esculpir nossa vida, de tal forma que o real saber emerja dos recônditos do ser. Trata-se de um estímulo para que cada um encontre o tesouro do verdadeiro conhecimento dentro de si mesmo. É fundamental, acima de tudo, fazer silêncio e estar em quietude mental, pois os ruídos da mente impedem a escuta daquilo que provém da Fonte da Criação.

“A instrução traz o fogo, mas a tocha tem de ser erguida pelos aprendizes. […] A instrução concede a eternidade aos que descobriram a paz em qualquer circunstância que estejam vivendo”
(José Trigueirinho)

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