Suite-No.-1-in-G-Major_Prelude-Bach

Texto extraído do livro “Faça o seu coração vibrar” – Osho. Editora Sextante

“Não rejeite a mente — entenda-a. Quando entende algo, você vai além disso — isso fica abaixo de você. A mente tem sua utilidade — uma grande utilidade. Não existiria qualquer ciência sem a mente, qualquer tecnologia. Todos os confortos do ser humano desapareceriam sem a mente humana. O homem regrediria para o mundo dos animais ou até para um mundo ainda mais inferior. A mente nos deu muito. O problema não é a mente. O problema é a sua identificação com ela.

Você acha que você é a mente — aí está o problema. Pare de se identificar com a mente. Seja o observador e deixe-a funcionar — sob sua vigilância, seu testemunho, sua observação. Uma diferença radical ocorre por meio da observação. A mente funciona com muito mais eficácia quando você a observa, porque todo o lixo é descartado e ela não precisa carregar um peso desnecessário — fica leve. E quando você se torna um observador, a mente também pode ter algum descanso. Do contrário, durante toda a vida a mente trabalha, dia após dia, ano após ano. Ela só para quando você morre. Isso cria uma fadiga profunda, uma fadiga mental.

Treinar a mente para a concentração é muito difícil: ela se revolta e continua a recair em antigos hábitos. Você a segura novamente e ela escapa. Você a leva para o assunto no qual estava concentrado e, de repente, descobre que ela está pensando em outra coisa – já até esqueceu em que estava concentrado. Não é uma tarefa fácil.

Mas colocá-la de lado é algo extremamente fácil – não é nada complicado. Tudo o que você tem que fazer é observar. Seja o que for que esteja passando na sua cabeça, não interfira, não tente detê-la, não faça nada: qualquer coisa que fizer vai virar uma disciplina.

Então não faça absolutamente nada. Só observe. O que há de mais estranho sobre a mente é que, se você se tornar um observador, ela começa a desaparecer. Assim como a luz dispersa a escuridão, a atenção plena dispersa a mente, seus pensamentos, toda a sua parafernália.

Intelecto é pensamento. A consciência é descoberta em um estado de não-pensamento: no silêncio total em que nenhum único pensamento causa perturbação. Nesse silêncio você descobre seu próprio ser – ele é tão vasto quanto o céu. E conhecê-lo é entrar em contato com algo que realmente vale a pena. De outra maneira, todo o seu conhecimento é lixo. Seu conhecimento pode ser útil, mas não vai ajudá-lo a transformar o seu ser. Ele não pode lhe trazer satisfação, contentamento, iluminação, a ponto de você dizer: “Estou em casa.”

Seus pensamentos não são você. Existe um tráfego constante. Na sua tela mental, tantos pensamentos estão passando, mas você não é um deles. Você é a testemunha, está de fora. Está vendo esses pensamentos passarem. Nada que possa ver pode ser você. Esse deve ser o critério: nada que testemunhe pode ser você. Você é a testemunha.”

Artigos para aprofundamento no tema:

Lidando com a Mente – Paul Brunton
Lidando com a Mente – Eckhart Tolle
Lidando com a Mente – José Trigueirinho
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