O trabalho de cura, quando verdadeiro, é fruto da vida consagrada à oração. A oração deve criar em nós e no ambiente uma harmonia que seja, por si só, transformadora.

Se não reservarmos um tempo exclusivo para a oração, a tendência à atividade exteriorizada toma conta dos nossos dias. O fio que nos liga aos mundos superiores deve ser constantemente renovado e revitalizado pela oração, com repercussões na qualidade do nosso serviço ao próximo.

A força da oração num grupo é extraordinária, porque une seus membros para tarefas evolutivas em prol da humanidade. Reuniões de oração feitas com responsabilidade transformam e amadurecem o grupo.

Quando Deus nos chama, Ele se faz ouvir.

Colaboramos efetivamente na dissolução de conflitos se não tardarmos a solucioná-los, se nos abrirmos para a Luz, a cura e a salvação.

Quando tudo parece estar perdido, a oração nos faz acreditar que existem coisas além das que estamos vendo. Essa fé na existência de possibilidades outras, invisíveis, permite que elas se manifestem.

A oração também atrai forças que precisam ser transformadas.

A civilização de hoje está em crise por falta de coligação com o mundo interior, pelo envolvimento com coisas ilusórias, com aparências. Se não aprofundarmos a nossa coligação, seremos levados pelo caos. Ela tem de ser mais firme quando estamos diante de pessoas em sofrimento e na escuridão.

Para ajudar um semelhante, é preciso não nos envolvermos com o seu problema e nos colocarmos como colaboradores do seu Eu Interno. Não devemos nos condoer com o sofrimento, não devemos confirmar nenhuma situação de desarmonia. É preciso fortalecer em nós a neutralidade e ter fé em que nossas palavras serão as necessárias para quem as ouve.

A busca de oração contínua nos permite ver desarmonias com simplicidade e solucioná-las. Muda os nossos hábitos. Percebemos o que nos faz sair do estado de oração (pensamentos e sentimentos incompatíveis com esse estado) e naturalmente procuramos eliminar esses obstáculos.

Dissolução de problemas é consequência natural da vida de oração. No entanto, não é isso o que nos move quando oramos: primeiro buscar o Reino, e tudo o mais nos é dado como acréscimo.

O estado de oração nos deixa diante do nosso Ser Interno, e passamos a encarar o que nos acontece como fruto da sua condução. Os nossos dias mudam se o começarmos dispostos a que se faça a vontade do Ser Interno e não a nossa, pessoal. Então, o sentido da união se amplia, e em tudo se vê a presença de Deus.

“Poder Infinito, sustém-me.
Sabedoria Infinita, ilumina-me.
Amor Infinito, enobrece-me.”
(Paul Brunton)