Qual é a razão da nossa vida? Onde está o nosso coração?
Nem sempre estamos conscientes de onde colocamos o nosso amor. Contudo, é ele que dá sentido à vida, que traz alegria da alma para o mundo material e que engrandece até mesmo a menor de nossas ações.
A atração que os fatos e as coisas externas exercem sobre nós tende a levar-nos a direcionar para bens materiais, pessoas ou situações concretas e transitórias a razão da existência, o amor que nos mantém vivos. É esse amor que nos dá clareza para não nos desviarmos da meta espiritual. Mas enquanto ele for depositado em algo tangível e externo, seremos vulneráveis.
Nos tempos de hoje, tempos de instabilidades e transformações, a única base segura é o próprio ser interno. Nesse núcleo profundo deveríamos reunir todo o nosso amor.
A coligação com o ser interno é indispensável, principalmente se aspirarmos a servir. Só nele encontramos as energias necessárias para ajudar sem interferir, para dar sem nada querer em troca.
Há muitas formas de estabelecer e fortalecer a coligação com o ser interno, porém a mais simples, a mais experimentada e a mais acessível é a oração.
Não precisamos preocupar-nos em como orar. O importante é a atenção e a sinceridade ao nos abrirmos para o encontro com o nosso ser interno.
Orar é amar o ser interno; é buscá-lo a todo instante, sem desânimo ou vacilação. é fazer isso de forma mais verdadeira, inteira e natural que pudermos.
“Pai, abre minha mente, meu coração e minha vida à Tua Luz, ao Teu Amor e ao Teu Poder. Que em todas as coisas, possa eu ver o Divino”
(Sri Aurobindo)