A Espiral da Renovação
– Morrer e Nascer em Vida –
“Como a árvore que entrega seus frutos maduros ao chão, também nós somos chamados a deixar cair o que já cumpriu seu tempo. Morrer em vida é abrir espaço para o novo que germina silenciosamente.”
A verdadeira cura não está apenas na remoção de incômodos físicos ou emocionais, mas em chegar ao ponto de acolher as provas com gratidão. É aprender a enxergar a mensagem oculta da vida, decifrar o enigma do desafio e seguir adiante de cabeça erguida, com o coração aquecido pela chama da renovação.
Esse aceite incondicional é a própria essência da gratidão e da transformação. Estar no mundo sem ser do mundo é como ser uma folha em branco entregue ao Ser Interior, permitindo que a vida escreva, com liberdade, o próximo capítulo, um novo aprendizado para o nosso aprimoramento espiritual.
“Podemos viver muitas vidas dentro da mesma vida!”
Quanta alegria floresce quando o sentimento de renovação surge, cristalino como a água da fonte, leve como o voo dos pássaros. Como traduzir em palavras a plenitude que nasce da conquista de si mesmo? É como alcançar o cume da montanha depois de longa escalada.
Mas a renovação só acontece quando permitimos que algo em nós morra. Essa morte é uma parte do ego que cede espaço a um pensamento mais elevado, como a terra que se purifica para acolher a semente.
“Para que o novo nasça, o velho precisa morrer!”
O embrião da nova vida rompe a casca e anuncia o florescer de algo mais fraterno e luminoso. Tudo o que é velho, como sentimentos densos e pensamentos limitadores se dissolvem, abrindo espaço para o florescer da nova consciência.
E seguimos, então, nesse ciclo de morrer e nascer em vida, em uma espiral evolutiva infinita. O fato é que podemos moldar, com nossas próprias mãos, o ser humano que desejamos ser: liberto das amarras do ego, desapegado e entregue à vontade do Ser Interior.
Esse talvez seja o maior desafio: migrar de uma consciência guiada pela mente racional para uma vida guiada pelo espírito. Parece utópico? Nos tropeços e acertos da vida, vamos experimentado práticas e descobrindo novos caminhos na arte de viver. Permitir que a Sabedoria se expresse é o dissolvente do medo, das resistências e da aridez das provas.
E nesse espaço livre, o novo e o sublime encontram morada!
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