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Afinal, o que é “ser a gente mesmo?” Tenho lido muitos depoimentos sobre frustrações, vida sem propósito, apelos da alma não atendidos e tantos casos de pessoas que postergam sonhos por alguns motivos e que agora estão diante do dilema da mudança: deixar tudo como está ou atender àquilo que vem do interior, impondo a si mesmo um salto rumo ao desconhecido? Lógico que para mudar pagamos o preço da desconstrução dos padrões, e isso aflora o medo. A liberdade é opcional e está disponível, mas não é gratuita; existirá sempre uma luta entre os opostos dentro de nós mesmos: uma voz que te chama para o desconhecido e outra que te prende ao passado, ao que é confortável para a mente.

Mudar traz muita insegurança. Em geral, se deixarmos a mente vagar, criar histórias, projetar o futuro com base nas experiências anteriores, o medo entra com força total, e com ele vem uma onda de negatividade e pessimismo. A visão de quem a gente realmente é, qual o nosso propósito na vida, fica embaçada pelos costumes, crenças e padrões educacionais arraigados, e vamos tocando a vida sem expressar o que dá sentido à mesma, nos curvando sempre ao medo ilusório criado pela mente.

Por outro lado, notamos que a vida é simples e precisamos de muito pouco para vivê-la de forma segura e harmoniosa. Criamos as necessidades, mas sem levar em conta se o que precisamos é realmente necessário para nos elevar em consciência. Assim, ficamos escravizados e reféns daquilo que acreditamos ser necessário, e inicia-se uma corrida frenética para sustentar algo ilusório, sem valor para o nosso crescimento como ser humano. E fica bem claro que quando alcançamos aquilo que vem da fonte dos desejos mentais, na sequência, surge uma insatisfação, e assim entramos numa espiral de desejos e consumos, a qual cria um vazio no peito que nunca é preenchido. Isso nos afasta de uma vida plena, verdadeira, ligada à expressão divina dos valores e virtudes do nosso Ser.

“A felicidade é um verbo, é o desempenho contínuo de atos de valor” (Epícteto)

E assim vamos caminhando carregando uma pesada corrente no pé, principalmente quando agimos seguindo os padrões do pensamento coletivo e também quando queremos agradar aos outros e atuar de forma “politicamente correta” para ser aceito no grupo social. A tendência é dizer sim para tudo, ficar prisioneiro das opiniões alheias ao nosso respeito, e sem ideias e convicções próprias. Quando isso ocorre, é sinal de que a nossa consciência encontra-se no nível superficial do Ser e estaremos, assim, muito vulneráveis às reações das pessoas. Para sair dessa armadilha, temos que mergulhar fundo, buscando nas profundezas a Luz e o Amor que redimem, equilibram e dão direção à vida. Isso é o que considero “ser a gente mesmo”.

Quando atendemos a esse apelo interior, estamos silenciosamente servindo à humanidade, acendendo outras lâmpadas e trazendo um pouco de Luz que dissipa a escuridão. Parece presunçoso, se visto, tão somente, sob o ponto de vista mental, contudo, nossa meta como ser humano parece estar ligada à expressão do Amor e da Verdade configurados na nossa Alma. A vida nos impõe evoluir, contudo, não faz sentido ir só, é mandatório ampliar nossa consciência de forma a expandir nossa capacidade de perceber a unidade, de pensar no bem geral e na evolução de todos.

Veja a seguir um vídeo de 10:43 min produzido pela Green Renaissance intitulado “Live Life Fully” (Viva a vida por completo). Legendas em português.

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