Somewhere in Time

“Como são nocivos os extremos”, assim diz o Agni Yoga; talvez uma alusão e um incentivo à busca pelo equilíbrio e pela neutralidade diante dos fatos e situações da vida, em especial nesse momento turbulento que a humanidade atravessa. Como é complexo ser neutro, sem ser indiferente! Como é tão necessário, cada vez mais, cultivar a quietude e o silêncio, tentando extrair das profundezas da alma o real papel que nos cabe para contribuir com o que é evolutivo, com aquilo que está por detrás das aparências!

A neutralidade não tem a ver com passividade, nem tampouco com indiferença, mas com sabedoria. Ser neutro é garantir que as nossas ações estejam aderentes ao nosso propósito como ser humano, que é manifestar a vontade do espírito, encapsulado pela forma e acorrentado pelas crenças. É se colocar internamente disponível para que os dons espirituais se manifestem, para que a ideia do bem ilumine todos os que estiverem presos às pesadas correntes do pensamento coletivo.

Ser neutro, também, é permitir que a Luz acenda dentro de nós, atenuando as forças instintivas que ficam em ebulição e obscurecem a nossa visão, todas as vezes que presenciamos algo que fere nosso caráter e nosso senso de justiça. Internamente, que tenhamos a Graça de nos posicionar serenamente para que o Amor que a tudo permeia se expresse através de nós.

Essa tamanha escuridão só pode ser prenúncio de um amanhecer ainda mais luminoso. Como tudo é regulado pela Inteligência Divina, algo muito mais elevado, inconcebível à mente humana, deve estar sendo preparado em outros níveis de consciência para promover a paz e harmonia entre os universos e entre todos os reinos da natureza.

“… é o juízo final, a história do bem e do mal, quero ter olhos para ver a maldade desaparecer”
(Nelson Cavaquinho)

É enganosa a ideia de que não somos capazes de influir para trazer a paz, seja porque as decisões não estejam diretamente em nossas mãos, seja porque a onda é tão gigantesca que não poderemos atenuar seus impactos. O que devemos perseguir é por sermos “seres humanos” nobres, justos e fraternos, contribuindo para que se manifeste a Luz. Façamos a nossa parte de forma lúcida e entreguemos os resultados nas mãos de Deus.

Portanto, quando estivermos neutros, ou seja, alinhados àquilo que em nós é imortal e atemporal e que não se deixa contaminar, que a intuição e o discernimento aflorem e, assim, possamos decidir sobre a melhor forma de cooperar com ações, projetos e iniciativas ligados às forças da Luz, não permitindo que sejamos súcubos daquelas contrárias à evolução. Se essa lucidez estiver presente, o que quer que façamos emanará para a atmosfera o perfume do Amor e da Verdade que carregamos no âmago do ser.

Que o nosso espírito possa estar à frente, nos conduzindo na senda do bem e sendo o verdadeiro Guerreiro, nessa árdua batalha por vencermos a nós mesmos. Que assim seja!

“Em meio à batalha, não seja tu o guerreiro, mas deixe que o Guerreiro guerrei em ti”
(Zen-budismo)

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Sabiah – Conselheiro Voluntário