A Paz é um estado interno que se manifesta em momentos inesperados, por vezes como breves instantes que nos invadem, nos permeiam e se vão. A busca por esses instantes pode tomar caminhos que levam a dependência, pelo simples desconhecer dessa Paz genuína que se faz presente em pequenos sopros de vida. Reconhecê-la como um estado impermanente, que passa, preenche e segue, permite que não queiramos aprisioná-la quando sentida. Em um mundo dual, duais serão os nossos sentidos, sentires e entendimentos. Sentir e deixar ir… ser preenchido e esvaziado… sem apegos nem desejos… sabendo identificar a preciosidade que esses momentos promovem.

Dançar essa melodia da impermanência,
nesse compasso contínuo e ritmado,
dos opostos contrapontos de nós mesmos,
é permitir que a vida se manifeste
.

Sem expectativas, mas em abertura para tudo o que pode vir a se apresentar diante de nós, em nós, por nós. Sem resistir, em aceitação resiliente a todo porvir. Inteligência é adaptabilidade. Facilidade é ser tirado para dançar a cada instante e ir para o meio do salão de peito aberto e coração tranquilo. O compasso não é nosso, mas a permissão torna tudo mais agradável. Pacifique-se.

Quando a Paz te chamar para o teu salão interno, dança.
Usufrui desses instantes.
E segue.

Usufruir do mundo, sem se deixar ser tomado de assalto pela mundaneidade. Estar no mundo sem ser do mundo, como disse um mestre. Quantos são furtados e ficam ausentes de si mesmos, e se tornam, tão somente, esse mundo comum, seguem sem seus Elementos Divinos e sua Essência Sagrada? Podemos estar em qualquer lugar, carregados do vazio de nós mesmos – vazio que contêm tudo; que se manifesta no mundo, mas não é o mundo.

Podemos tornar pequenas eventualidades em grandes acontecimentos, assim como fazer das mudanças grandes desafios, mas também podemos escolher acolher o que se apresenta e promover a Paz para esses campos conturbados. Ser a Paz é não esperar que ela surja a partir de alguém, nem por intervenção Divina. Ser a Paz é uma escolha, segundo a segundo, a cada pensamento, sentimento, emoção e ação.

Escolha. Quebrar padrões que levam a indignação, ao senso de justiça dos homens, da raiva, da sede de vingança. Ser a Paz é romper com o normal desse mundo, é deixar de ser essa humanidade raivosa e reativa, e escolher fazer diferente, ousar mudar.

O mundo pede reação a cada acontecimento, meu coração pede Paz.
Não sou o mundo, estou no mundo.
Não sou reação, sou silêncio.
Não reajo, ajo no meu interior e estendo a bandeira da Paz com cada uma de
minhas moléculas.
Paz se faz, aqui, dentro. Agora.
Pela minha escolha.
Não importa o que se apresente fora.

Texto extraído do livro “Entre Dimensões – A Vida Requer Atualizações”, páginas 91 à 94, de Shely Pazzini.

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